Eu, Mariana, na minha condição de cantora e violonista, tenho alguns dilemas que me irritam profundamente quando contestados de alguma forma.
Tenho 3 violões, uma guitarra e um ukulele. Não tenho o costume de usar palheta por causa da absurda inflação sobre instrumentos e acessórios musicais e, acima de tudo, por causa da minha cabeça oca que vive esquecendo as caríssimas palhetas de 3,50 por todo lugar.
Parece sovinice minha, mas não é. Imagine que já perdi cerca de 30 palhetas - ou mais - nessa minha estrada musical de quase 13 anos. São 105 reais jogados no lixo!
Com esse dinheiro eu consigo comprar:
- 10 ingressos para o cinema ou;
- 25 garrafas de Heineken ou;
- 45 pacotes de bolacha Passatempo ou;
- Uma escova progressiva no salão de beleza.
Deu para sentir o drama?

E quando elas escorregam da mão?
Pior do que uma corda quebrada - o que é outra história e vai ficar pra depois - é sentir que a palhetinha que você segurava enquanto tocava aquele riff empolgante, já não está entre seus dedos.
Ótimo! A partir daí, muita coisa pode acontecer:
- Toca com a ponta da unha até ter uma oportunidade para abaixar e pegar a maldita (o que vai foder com a sua presença de palco)
- Você vai perder sua palheta, afinal, palcos são ou 8 ou 80: se não são demasiadamente escuros e com péssima iluminação, são extremamente iluminados com refletores quentíssimos.
- Algum idiota da platéia vai escorregar a mão pelo palco e roubá-la para exibir aos amigos, como se você fosse o maior rockstar do mundo.
O que eu faço? Eu compro, é claro. Ela não serve pra nada - nem para tocar - mas é mais um item lindo para minha coleção de fofuras.
(Eu sei, é vergonhoso, mas eu sou assim!)
É por essas e outras que aboli as palhetas e deixei minhas unhas da mão direita crescerem. Contudo, isso também gerou efeitos colaterais (e estéticos) fortíssimos que eu contarei no próximo post.
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