Numa manhã de segunda-feira, lá pras 7 horas, ele quebrou o meu coração como nunca havia feito. Foi apenas uma hora de conversa, mas parecia que ele havia conseguido arrancar minha alma com as unhas.
Por dois meses, senti que não estava morando no meu corpo, ainda mais com os acontecimentos seguintes ao fim do namoro. Me esquecia de comer e dormir. Ganhei uma fisionomia zumbi e um corpo sem carne nenhuma. E então, ao todo, foram cerca de 10 meses de sofrimento, sadismo e desentendimento, que fizeram brotar o primeiro trabalho da minha banda o "The First Date Songs".
O saudosismo das músicas dos nossos primeiros encontros machucavam mais do que a tortura de tê-lo à minha sombra, sempre aparecendo nos momentos mais inoportunos para me atormentar. Foi com essa música que comecei a me libertar dos fantasmas do ex-namorado.
Depois dela, foram vindo as outras, madrugada a madrugada, até que, passados aqueles 10 meses horríveis, senti que estava livre e munida de um material intensamente pessoal e sincero.
Desde então, sempre foi assim.
Toda vez que meu coração se quebra, uso os acordes para remendá-lo. E, olha, ele se quebrou muito desde então. Talvez ele nunca tenha se recuperado por completo, por isso anda tão frágil.
As paixões vão e vêm, mas a música vai estar sempre em mim.
Pelo menos tenho muita coisa para escrever.
"Now I'll tell you how it's been since we've been apart
I've got an untuned guitar and a broken heart
I try to mend it soon but soon is never coming
I feel like all my feelings are fading away"
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